quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Love or Hate? Cap. 1



"O amor é irracional, quanto mais você ama alguém,
menos tudo faz sentido." - Lua Nova

Hanna Marin On

Acordei exatamente às 6h00. Apesar de entrar na empresa apenas às 8h30, preciso estar bem apresentável para o trabalho, afinal, sou a presidente de lá. É importante sempre manter a postura.
Levantei da cama e fui direto para o banheiro, tomar um banho. Devo ter ficado lá por volta de uns 25 minutos. Saí do banheiro, após me secar, e coloquei apenas um roupão, para poder tomar café. Comi panquecas, que Marie tinha feito para mim e voltei para o quarto para terminar de me arrumar. Escovei os dentes e já fui me vestindo, já eram 7h20, precisava ficar pronta o mais rápido possível para poder chegar a tempo. Depois de ter me vestido, fiz uma maquiagem simples como sempre faço e arrumei meu cabelo. Fiquei pronta às 8h10. Saí do quarto correndo e fui direto para o estacionamento, depois de pegar a chave do carro.
Entrei no carro e dei a partida. Depois de 15 minutos cheguei na empresa. Eu trabalho em uma editora de livros, a maioria das pessoas de lá tem medo de mim, deve ser porque eu vivo demitindo as pessoas ou porque sou filha do dono da editora. Bom, só Deus sabe. Entrando na empresa, tive a impressão de ver Christian, meu secretário; ótimo só falta o moleque ter chegado atrasado de novo. Não tem gente mais atrapalhada do que esse garoto, sério.
Cheguei no meu escritório e todos estavam quietos. Provavelmente ficaram um mandando mensagem para o outro, avisando que eu cheguei. Eles acham que eu não sei de nada, mas o que eles não sabem é que eu sou uma ninja; e ninjas sabem de tudo. Entrei na minha sala e meu café estava em cima da minha mesa. Pude perceber que havia vazado um pouco do café, porque o copo estava sujo. Sentei na minha mesa e olhando para frente vi Christian.
- O que tá fazendo aqui? – Perguntei rispidamente.
- Eu também trabalho nesta sala, esqueceu? – Ele disse.
- Ah, claro – disse me lembrando. – E só pra te recordar, não fale mais assim comigo, entendido?
- Claro, senhorita Marin – disse e ficou parado olhando para mim.
- Por que ainda tá aí? Vai trabalhar! – Disse.
- Ah, claro – Christian deu a volta e sentou-se em sua mesa. Sua mesa era tão pequenina tadinho. Mas o que posso fazer? Não dá pra colocar uma mesa maior, afinal, minha sala não é suficientemente grande para isso.
- Christian, onde estão aquelas papeladas que pedi a você, ontem? – Perguntei o olhando.
- Aqui – ele pegou os papéis e deixou em cima da minha mesa.
- Obrigada – disse.
Dei um gole do meu café e peguei os papéis para ver.
- O que isso está fazendo aqui? – Perguntei quando vi algumas folhas de um livro que Christian havia escrito.
- Eu... Ham, eu apenas pensei que talvez a senhorita pudesse dar uma olhada.
- Christian, vou te falar isso, porque eu sou sua amiga e só quero o seu bem, ok? – Disse e ele assentiu. – Esquece essa história de lançar um livro, você não chegará a lugar algum com isso. Eu sei que é importante para você, mas também é importante você saber que isso é apenas ilusão – eu disse e ele apenas abaixou a cabeça, acho que com vergonha.
Uma mentirosa! É isso que eu sou: uma mentirosa! Christian escrevia muito bem, mas eu não podia fazer nada. Já conversei com meu pai sobre o livro de Christian, mas ele disse que não podemos lançar o livro. Nunca entendi o porquê disso tudo, mas tenho que deixar quieto, se não meu pai me mata.
Passada uma hora desde que cheguei, o telefone da mesa de Christian tocou. Ele atendeu. Assim que desligou disse:
- Senhorita Marin, o senhor Fields, quer falar com você.
- Ok, venha junto, tenho que lhe dar algumas instruções.
Levantamos da mesa e saímos da sala. Todos nos encaravam. Por que eles não vão fazer algo que preste, tipo... Trabalhar! Chegamos na sala do Fields, o cara mais chato daquela empresa. Ele nunca faz nada certo e meu sonho é demiti-lo.
- O que você quer? – Disse quando entrei na sala.
- Às vezes é bom pedir licença, não? – Ele disse rispidamente igual a mim.
- Não, não é bom. Vai desembucha, o que quer?
- É só pra avisar que não consegui marcar a entrevista na Oprah que a senhorita pediu.
- Engraçado, porque o Ryan conseguiu marcar a entrevista e isso só prova que você é tão incompetente que nem conseguir marcar uma entrevista na Oprah você consegue. Agora é o seguinte, se até o Ryan que é um mero funcionário conseguiu marcar e você não, isso significa que... - disse esperando que ele completasse a frase. – Mas é um inútil mesmo. Tá demitido. Pegue suas coisas e vá embora – disse e saí da sala.
- Cobra! – Ele gritou no corredor, para todos ouvirem.
- Só me recorde, quem é a presidente desta empresa mesmo? – Disse calmamente. Ele ficou calado e entrou na sua sala; voltei para a minha.
- Christian, quanto a entrevista com a Oprah, você poderia ir comigo? Eu preciso que alguém esteja lá comigo – disse quando já estava sentada na minha mesa.
- Claro, pode deixar – ele disse e voltou a fazer o que estava fazendo.

[...]

O resto do dia foi normal. Apenas saí para almoçar. Almocei sozinha como sempre. Voltei para casa por volta das 18h20. Eu sei, eu sei, talvez eu trabalhe pouco, mas sei lá, é apenas o meu trabalho de horário; das 8h30 às 18h00. Às vezes eu fico até mais tarde, mas apenas quando tem muito trabalho para ser feito. Como não tinha nada para fazer fui embora...
Como eu não tenho nada da vida para fazer, fiquei o resto da noite apenas vendo TV, assistindo filmes românticos e sonhando com o dia que eu vou conhecer o meu príncipe. É difícil você ter 25 anos e não sair com as amigas. Sim, eu até tenho amigas, mas igual a mim, elas têm um ótimo trabalho, têm namorados e sempre saem para jantar com seus amores. Então, eu fico em casa sonhando com o dia que eu terei um namorado, um marido, ou até mesmo um filho. Meu sonho desde criança é ter um casal, não precisa ser gêmeos, mas eu quero muito ter um casal.

[...]

- Senhorita Marin, o senhor Marin quer falar com você – Christian disse.
Sim, já estou na empresa de novo. Pois é, o dia passa rápido.
- Ok, já vou – levantamos das nossas respectivas mesas e fomos em direção à sala de meu pai. Meu Deus, eu devo ter feito uma coisa muito errada pra ele querer falar comigo.
Chegamos na sala, bati na porta e meu pai mandou nós entrarmos. Assim que entrei, vi que meu pai estava com o senhor Hastings, o seu sócio. Ótimo, é hoje que eu morro.
- Aconteceu alguma coisa, pai? – Perguntei quando entramos.
- Hanna, lembra quando nós viemos do Canadá pra cá e pegamos um visto temporário? – Ele disse e eu assenti. – Certo. Como sua mãe é americana, foi fácil eu conseguir o meu; mas o seu visto está cada vez mais complicado de conseguir, ou seja, você tem que conseguir um visto nas próximas 48h para poder ficar aqui, senão será deportada para o Canadá.
- Mas... Como? Nós podemos fazer alguma coisa, não? – Perguntei incrédula.
- Não, a única coisa que pode ser feita é você casar com algum americano – meu pai respondeu.
- Mas... Quem irá assumir a presidência? – Perguntei.
- O senhor Fields – o senhor Hastings disse.
- Como? Eu o demiti ontem! Aquele cara não pode trabalhar aqui, ele é um incompetente! – Disse revoltada.
- Hanna, você já está avisada – meu pai começou. – Tente o visto, não tente o visto, volte pro Canadá, você quem sabe. E sexta-feira amanhã você vai ao cartório conversar com o Brad, o cara responsável pelos vistos.
- Ok. Obrigada – disse e me retirei, com Christian indo atrás de mim.
Enquanto andava pelo corredor, podia perceber os olhares curiosos sobre mim. Algo me dizia que eles já sabiam o que estava acontecendo. Filhos da mãe, sempre descobrem tudo. Odeio isso! Se eu ficar com febre, todos descobrem na hora.
Sentei à minha mesa com a pior cara possível. Eu estava arrasada. Totalmente arrasada.
- Christian, e agora? – Perguntei começando a chorar. Eu não podia deixar os Estados Unidos. Eu já tinha uma vida lá, eu preciso continuar lá.
- Hanna, eu realmente não sei o que te dizer – ele começou. – Mas olha, pensa, talvez amanhã você consiga convencer o cara a te dar o visto.
- É impossível. Eu venho tentando esse visto há anos, mas eles não me dão – disse com a cabeça apoiada às minhas mãos. – O que vai ser da minha vida agora? Eu não posso sair da América!
- Tecnicamente, você não sairá da América e sim dos Estados Unidos da América – olhei para ele que sorria; lancei um olhar mortal. – É tem razão, você corre um sério risco de sair da América – disse ele tentando consertar o que disse.
- Já sei! – Exclamei.
- O quê? – Ele disse surpreso. Talvez tenha sido o grito que eu dei.
- Meu pai disse que se eu casar com um americano, eu posso continuar aqui, certo? – Christian assentiu. – E você é americano, certo? – Ele assentiu, já um pouco assustado. – Christian, é isso! Você não aceita casar comigo só até eu conseguir o visto? – O olhei, os olhos brilhando.
- Hanna, não acho que seja uma boa ideia. Quer dizer, nós trabalhamos juntos, você é minha chefe, é complicado – ele disse assustado com a ideia ainda.
- Chris, por favor. Eu preciso desse visto mais do que tudo nessa vida – disse o olhando.
- Hanna... Eu... Eu... M-melhor não – ele disse.
- Por favor! É o único jeito!
- Tudo bem – se rendeu. – Mas com duas condições!
- O quê? – Perguntei com medo.
 - Eu tenho um casamento pra ir nesse final de semana, irei ficar lá até o outro final de semana; você terá que ir comigo! A outra é: você irá publicar o meu livro!
- Eu posso até ir nesse casamento, mas publicar o livro não – falei revoltada.
- Então volte para o Canadá – disse ele sentando à sua mesa.
- Tudo bem, eu publico, eu publico – disse.
- Ótimo – disse sorrindo vitorioso.
- Eu... Preciso dar uma volta – levantei da mesa, peguei minha bolsa e saí da sala.
Peguei meu carro e fui até um parque, perto da empresa. Eu precisava tomar um ar. Era tudo muito confuso pra mim. Nunca achei que chegaria ao ponto de ser deportada. E ainda vou ter que casar com Christian. Argh! É isso que me dá mais raiva. Eu vou casar com o meu secretário! Isso não pode estar acontecendo. Simplesmente não pode!

Hanna Marin Off


Oi oi, gente!!
Aqui estou eu de novo haha.
Bom, esse foi o primeiro capítulo, espero que vocês tenham gostado. Comentem dizendo o que acharam, por favor.
Beijos e até mais...

5 comentários:

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